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"Alerta ensurdecedor". Relatório aponta falta de investimento do Louvre na segurança
Três semanas após o polémico assalto do Louvre, o Tribunal de Contas francês criticou a falta de investimento na segurança da instituição. Segundo o relatório divulgado esta quinta-feira, o museu parisiense priorizou projetos "visíveis e atraentes".
O assalto que deu um prejuízo de 88 milhões de euros foi, "sem dúvida, um alerta contundente sobre o ritmo lamentavelmente inadequado” da renovação e atualização dos equipamentos de segurança no museu. As declarações foram do presidente do Tribunal de Contas, Pierre Moscovici, na apresentação das conclusões do relatório, concluído antes do assalto ao museu e referente ao período entre 2018 e 2024.
Segundo o também antigo comissário europeu para Economia e Fiscalidade e antigo ministro francês das Finanças, o Museu do Louvre tinha fundos suficientes para as melhorias a nível de segurança.
“Agora deve implementá-las sem falta”, acrescentou Moscovici.
Os investimentos em manutenção e segurança eram “indispensáveis para o funcionamento da instituição a longo prazo”, indica o relatório, mas o museu “deu prioridade a projetos visíveis e atrativos em detrimento da manutenção e renovação dos edifícios e das instalações técnicas, particularmente aquelas relacionadas com a segurança”.
“Apesar dos abundantes recursos, o museu, devido à falta de planificação dos numerosos projetos, enfrenta uma montanha de investimentos que não consegue financiar”, alertou.
O mesmo relatório concluiu que há um atraso persistente na instalação de equipamentos de segurança para a proteção de obras de arte. Em 2024, só 39 por cento das salas do museu estavam equipadas com câmaras de segurança.
"A conclusão do projeto levará vários anos e, segundo o museu, a previsão é de que só seja finalizada em 2032", acrescenta ainda o documento.
O Tribunal de Contas refere que os gastos excessivos com obras de arte, das quais apenas um quarto estava em exposição pública, as ineficiências de gestão generalizadas e a fraude na venda de bilhetes contribuíram para a incapacidade do Museu do Louvre de agir no sentido de melhorar a segurança.
A administração do Louvre reagiu entretanto, aceitando a “maioria das recomendações” do relatório, mas defendeu que a auditoria “não reconheceu” várias medidas, designadamente no capítulo da segurança.
Moscovici contrariou também os sindicatos de trabalhadores do setor, na opinião dos quais o furto só foi possível, em parte, pela falta de pessoal da segurança, argumentando que “são possíveis melhorias na segurança sem um aumento significativo no número de funcionários”.
“O roubo de 19 de outubro (...) demonstra, pelo contrário, que foi facilitado graças aos equipamentos de segurança inadequados”, afirmou o presidente do tribunal.
Segundo o também antigo comissário europeu para Economia e Fiscalidade e antigo ministro francês das Finanças, o Museu do Louvre tinha fundos suficientes para as melhorias a nível de segurança.
“Agora deve implementá-las sem falta”, acrescentou Moscovici.
Os investimentos em manutenção e segurança eram “indispensáveis para o funcionamento da instituição a longo prazo”, indica o relatório, mas o museu “deu prioridade a projetos visíveis e atrativos em detrimento da manutenção e renovação dos edifícios e das instalações técnicas, particularmente aquelas relacionadas com a segurança”.
“Apesar dos abundantes recursos, o museu, devido à falta de planificação dos numerosos projetos, enfrenta uma montanha de investimentos que não consegue financiar”, alertou.
O mesmo relatório concluiu que há um atraso persistente na instalação de equipamentos de segurança para a proteção de obras de arte. Em 2024, só 39 por cento das salas do museu estavam equipadas com câmaras de segurança.
"A conclusão do projeto levará vários anos e, segundo o museu, a previsão é de que só seja finalizada em 2032", acrescenta ainda o documento.
O Tribunal de Contas refere que os gastos excessivos com obras de arte, das quais apenas um quarto estava em exposição pública, as ineficiências de gestão generalizadas e a fraude na venda de bilhetes contribuíram para a incapacidade do Museu do Louvre de agir no sentido de melhorar a segurança.
A administração do Louvre reagiu entretanto, aceitando a “maioria das recomendações” do relatório, mas defendeu que a auditoria “não reconheceu” várias medidas, designadamente no capítulo da segurança.
Moscovici contrariou também os sindicatos de trabalhadores do setor, na opinião dos quais o furto só foi possível, em parte, pela falta de pessoal da segurança, argumentando que “são possíveis melhorias na segurança sem um aumento significativo no número de funcionários”.
“O roubo de 19 de outubro (...) demonstra, pelo contrário, que foi facilitado graças aos equipamentos de segurança inadequados”, afirmou o presidente do tribunal.
Já tinham existido alertas do género nas conclusões preliminares do inquérito instaurado pelo Ministério da Cultura, na sequência do assalto. A administração do Louvre tem marcada para sexta-feira uma reunião de extraordinária, depois de Laurence des Cars ter admitido falhas no sistema de segurança na audiência perante a Comissão de Cultura do Senado francês, que a questionou.
C/agências